O carvalho francês e o americano

02-02-2021

Certamente já reparou no rótulo de algumas garrafas de vinho onde surge a designação: "o vinho estagiou 6 meses em barricas de carvalho francês/americano". Todo o processo de produção de vinho é pensado ao mais ínfimo detalhe, para que o resultado final a apresentar possa satisfazer as expectativas do mais exigente consumidor. Os barris de carvalho têm uma palavra a dizer no método de produção de vinho, uma vez que este poderá estagiar no seu interior durante meses ou até mesmo anos.


O enólogo está para a elaboração do vinho, como um pintor estará para a tela onde desenha a sua obra de arte. Assim, o carvalho pode ser visto como uma excelente ferramenta para "arredondar" o vinho, trazer novos sabores e micro oxigenar. Um elemento a ter em conta é o processo de fabricação da barrica. Esta deve ser de elevada qualidade, encontrar-se bem seca, normalmente, por um período de três ou mais anos, e ao ar livre. Posteriormente, a barrica é tostada.

O carvalho francês é mais caro porque não é serrado e utiliza-se apenas 15% para a tanoaria, enquanto que o carvalho americano poderá chegar até aos 50% de utilização. Como a madeira não é serrada, as suas propriedades serão lentamente incorporadas no vinho durante o tempo que estiver a estagiar no seu interior. O crescimento do carvalho francês é linear durante todo o ano, tornando-se mais poroso, que por sua vez facilita o contacto com o oxigénio, assim como uma maior absorção dos taninos e aromas pelo vinho.

Na generalidade, as barricas de carvalho francês são as mais procuradas, no entanto, também as mais caras, permitindo elaborar vinhos de maior complexidade. Por sua vez, o carvalho americano é mais utilizado nos vinhos mais jovens, enquanto que o francês mais indicado para os vinhos com maior potencial de guarda.

Autor: Pedro Silva

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