A homenagem a Baco, Caravaggio e ainda "Os Lusíadas"

26-01-2021

Que relação existe entre Baco, Caravaggio e Luís Vaz de Camões? Comecemos por aquele que melhor representa a ebriedade, a festa, os excessos e o divertimento - Baco.


Para a cultura romana, é ele o grande deus do Vinho. Se é um simples apreciador ou um fervoroso apaixonado por este néctar divino, certamente terá todo o interesse em saber mais sobre as divindades entre outras curiosidades. A mitologia descreve que a infância de Baco foi pautada pela agricultura, tendo sido já numa fase adulta que se apaixonou pela vinha. Descobriu a fórmula para extrair da uva o seu néctar, transformando-o em vinho. Tal conquista, atraiu a atenção da invejosa deusa Juno, que rapidamente, se encarrega de lançar-lhe uma maldição. Baco vagueia pelo mundo como um pobre insano. Na passagem pela Frígia (atual Turquia), graças à ajuda da deusa Cibele, consegue obter a sua cura recuperando a lucidez. A partir deste momento, viaja até à Ásia difundindo a cultura da vinha, feito que o leva a ficar conhecido como o deus do vinho.

Michelangelo Merisi, conhecido como Caravaggio, foi um dos mais carismáticos pintores italianos, que passaram por Roma, Nápoles, Malta e Sicília, entre 1593 e 1610. O pendor das suas obras influenciou determinantemente o estilo Barroco. Baco foi pintado logo após Caravaggio ficar associado à casa do seu primeiro importante patrono, o cardeal Del Monte.

Contudo, este deus do vinho não marca presença apenas nas artes plásticas. Ele também aparece na grande epopeia de Luís Vaz Camões, Os Lusíadas, ao tentar evitar a chegada dos portugueses à India, argumentando no episódio do Concílio dos deuses que seria esquecido caso os lusos chegassem ao oriente.

Autor: Pedro Silva

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